Druk - Mais uma Rodada é a história de quatro professores com problemas em suas vidas, testando a teoria de que ao manter um nível constante de álcool em suas correntes sanguíneas, suas vidas irão melhorar. De início, os resultados são animadores, porém, no decorrer da experiência, eles percebem que nem tudo é tão simples assim.
O grande favorito a ganhar o Oscar de Melhor Filme Internacional, "Druk - Mais uma rodada" surpreende ao ser indicado também na categoria de Melhor Diretor (Thomas Vinterberg), mas a surpresa é apenas para aqueles que ainda não o assistiram.
Partindo da teoria de Finn Skarderud, onde afirma que todos têm um déficit de 0,05% na quantidade de álcool do sangue, quatro amigos em crises familiares e desmotivados do trabalho decidem consumir uma certa quantidade de bebida alcóolica durante o dia para driblar o suposto problema de nascença e testar a afirmação de Skarderud, já que se nós vivemos os "melhores" momentos quando alcoolizados, como seria se pudéssemos nos manter nesses momentos o tempo todo?
O filme de Vinterberg flerta com o lado bom da embriaguez etílica, já que o álcool no filme consegue tornar um professor de história chato e tedioso (Mads Mikkelsen) em um verdadeiro ídolo de seus alunos após dar aulas bêbado, porém, escondido no fundo de cada garrafa, o diretor deixa de lado a apologia ao álcool e começa a sua denúncia dos males trazidos pela intemperança, indo de narizes quebrados a problemas matrimoniais.
Após a história em si, as atuações do filme ganham foco, dando destaque à Mads Mikkelsen, que consegue trazer toda a carga necessária para o personagem principal, que nos mostra que a alegria de estar vivo se perde ao longo do caminho, em contraposição a euforia jovial de seus alunos.
Por fim, "Druk - Mais uma rodada" consegue passar a sua mensagem ambígua com leveza em certos momentos e com um soco no estômago em outros, mas principalmente sem nunca deixar cair no moralismo.