MONSTER HUNTER

Devo confessar que fui assistir "Monster Hunter" (2021) com a expectativa baixíssima, esperando um filme que iria manchar o mundo dos jogos novamente, mas eu estava errado.

O filme começa com a tenente Artemis (Milla Jovovich) e seus soldados sendo transportados para um novo mundo, uma premissa simples e direta sem muita enrolação, ao menos nesse início, já que enrolar é o que esse filme mais faz. Ao desenrolar do filme, o diretor Paul W. S. Anderson tenta passar uma sensação de solidão neste mundo pela personagem de Jovovich e de Tony Jaa, porém ele gasta muito tempo de tela com cenas desnecessárias e repetitivas ao fazer isso, onde ambos os personagens passam metade do filme sem ter um objetivo sequer.

Deixando de lado outros problemas como incoerência narrativa e erros grotescos de continuação, o filme entrega o que promete, caçadores de monstros, com bastante ação e câmera lenta pra todo lado. O filme deixa bem claro que grande parte do orçamento foi utilizado no CGI, que por sinal é uma das melhores coisas do filme, já que o CGI entrega monstros dignos do realismo e boas cenas de ação. 

"Monster Hunter" não deixa de lado a sua origem, inserindo vários artifícios que remetem aos jogos, como a trilha sonora e diversos easter eggs desse universo que deixarão os fãs da franquia surpresos, e não só eles, "Monster Hunter" não tem vergonha de ser um filme de jogo, já que temos cenas das quais não fazem o menor sentido na vida real, e que para nós gamers é algo recorrente nos jogos.

Por fim, com atuações padrões, roteiro bagunçado, muita ação e com um pós crédito com gancho para uma sequência, "Monster Hunter" é uma boa experiência e faz jus aos jogos, sendo uma ótima pedida para quem quer voltar aos cinemas para assistir um filme "mainstream".